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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Bateram-me à Porta

Bateram-me à porta.jpg

Ele, de meia-idade, com cabelo ainda preto e uma expressão pensativa, vestia um fato sóbrio, também preto, grande demais para o corpo, a gola do casaco pendurada.

 

O pescoço, ligeiramente curvado, refletia o peso da responsabilidade que parecia carregar, como se cada visita, cada cumprimento de porta em porta, fosse um ato de respeito e dever.

Ela, na casa dos 25 anos, apresentava-se com um vestido evasê intemporal, padrão pied de poule, abaixo do joelho, os sapatos de meio salto um pouco cambados. Eram, em comum, portadores de pastas de napa preta.

Disse o mais velho: “Vimos falar com o Senhor”.

Havia, em ambos, uma dignidade no porte e a postura de quem carrega o peso de uma causa.

Sorri e logo desbobinei o meu discurso n.º 2: “Dou-me e dar-me-ei sempre bem com todas as estrelas do firmamento e com os seus representantes na Terra”. Entendi usar de prudência: embora não ande atrás de nenhuma estrela em particular, nunca consegui esclarecer bem a que paraíso ou inferno poderei ir parar quando o sol escurecer e os figos verdes caírem, derrubados da figueira por qualquer terrível vendaval. É que, neste particular, as opiniões dividem-se…

Continuei sem rodeios: “Estou super-stressado, hoje tenho bué trabalho para fazer e pouco tempo para conversar, a menos que os Senhores queiram – o que é improvável – dar-me uma ajuda”.

Quando acabei, a mais jovem tomou a palavra, mantendo uma postura serena: “Nós somos os novos vizinhos do 5º andar!”

            

 

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