Baba de Camelo
Imagine-se um deserto vasto e dourado sob um céu implacavelmente claro. O por do sol começa a projetar longas sombras sobre as dunas, e o calor forte do dia deixa espaço a uma brisa mais fresca.
Uma caravana de camelos altivos avança lentamente pelas areias, cada um com o seu balancear elegante e tranquilo.
Entre os camelos, há uma equipa de chefs pasteleiros vestidos com túnicas coloridas e turbantes, equipados com pequenos baldes de cobre e espátulas de madeira exótica. Eles caminham com um propósito: acompanhando os animais com olhar atento, aguardam o momento perfeito para colher a sua preciosa baba, ingrediente secreto de uma sobremesa lendária.
À medida que os camelos param para descansar, um dos chefs aproxima-se cuidadosamente e, com um gesto hábil e respeitoso, recolhe o muco que brilha ao sol poente. Murmura então algumas palavras de reconhecimento ao ouvido do camelo, que, em resposta, simplesmente lhe pisca o olho, como quem aceita a importância da sua contribuição.
A baba, na realidade uma mistura de sabores raros e essências de frutas dos oásis, é levada para a tenda principal, onde será misturada com outros ingredientes naturais. Os chefs pasteleiros trabalham a noite toda sob a luz das estrelas, transformando o muco camélico em creme suave e aveludado.
Certo é que basta uma gota desta essência para fazer da sobremesa um prato digno de reis e rainhas, mas ainda assim acessível a pessoas de todos os extratos sociais.