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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Jun24

Arquitetura e Comunicação Social: Pós-Modernismo e Pós-Verdade

- Está a falar a sério ou a brincar?

- A sério, claro!

- Ora ainda bem, que eu não gosto de brincadeiras.

 

1

Pós-modernismo.jpg

 

O pós-modernismo surgiu, em meados do século passado, como uma atitude crítica ao movimento moderno predominante. Esta atitude semeou frutos no pensamento arquitetónico, enriquecendo um discurso enraizado na história e no lugar. Não obstante ser válido como crítica, o pós-moderno falhou quase sempre na concretização – esta mais estilística do que substancial – de que resultaram abundantes pastiches desligados de qualquer contexto.

Assim como os cidadãos atentos podem ser irónicos e mordazes perante a política, também os primeiros críticos pós-modernos desafiaram as convenções do movimento moderno e do estilo internacional. No entanto, tal como a política exige responsabilidade aos seus líderes, o desenho de arquitetura precisa de autenticidade e compromisso com a envolvente e os utilizadores.

No ato da conceção, a responsabilidade e a funcionalidade não deveriam sucumbir à ironia e à experimentação lúdica.

 

2

Pós-verdade.jpg


Certo é que o termo pós-verdade se tornou popular no contexto do referendo do Brexit e das eleições presidenciais nos EUA em 2016, cujas campanhas foram marcadas pelo uso intensivo de notícias falsas e declarações enganosas. Desde então, a pós-verdade tornou-se tema de análise e debate, especialmente no que respeita ao seu impacto na opinião e na qualidade da democracia.

 

3

Tanto o pós-modernismo na arquitetura como a pós-verdade na comunicação social desde logo se distanciam da adesão a uma verdade absoluta ou objetiva. No pós-moderno, o fenómeno manifesta-se na adoção de estilos incoerentes ou desconexos, levantando a questão da autenticidade das intenções da arquitetura. Na pós-verdade, relativiza-se o tratamento dos factos, muitas vezes substituídos por narrativas alinhadas mais com crenças individuais ou coletivas do que com a própria realidade.

Assim, em ambos os campos, a verdade – ou a falta dela – torna-se um conceito flexível, e a mentira pode ser quer uma ferramenta consciente de desenho, quer um forte mecanismo de manipulação da opinião pública.

 

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