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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Mai24

Sob o Peso do Silêncio

Nino Gzirishvili.png

 

Na primeira noite, aproximam-se silenciosos e levam um cacho de uvas da herdade.
Não dizemos nada.

 

Na segunda noite, pisam descaradamente a vinha.
Matam o fiel cão.
Continuamos a nada dizer.

 

Até que chega o dia em que, sem cerimónia, invadem a adega,
derramam o vinho feito com tanto amor
e nos despojam de toda a esperança.
Sabendo do medo que nos consome, silenciam-nos a voz,
rouca e fraca.

 

Porque nada dissemos antes,
as palavras perderam-se,
os gritos falharam,
e já não conseguiremos mais fazer-nos ouvir.

 

A ilustração de Nino Gzirishvili, “Em Apoio à Ucrânia”, foi criada especificamente para um Festival de Vinhos, representando bem a intersecção entre arte e política em tempos de crise.

O texto é uma adaptação livre do poema “No Caminho, com Maiakóvski”, que, apesar de mencionar o famoso futurista russo no título, foi escrito por Eduardo Alves da Costa na década de 60. O poema destacou-se durante a resistência à ditadura militar no Brasil. Originalmente uma reflexão sobre a apatia e a perda gradual de direitos, é aqui recontextualizado para explorar novos temas e realidades.

 

 

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Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
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