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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Jun24

Poeiras, Chuva e Histórias à Beira Mediterrâneo

“Episódios de chuva, por vezes forte, acompanhados de trovoada, em especial nas regiões norte e centro”, diz a previsão para hoje do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

 

Esperemos que a chuva acalme o calor anormal para a época e as poeiras com origem no norte de África que voltaram a pairar nos últimos dias. Poeiras que se infiltram nas casas e nos afetam a saúde, exacerbando alergias e problemas respiratórios.

No entanto, as poeiras nada são se comparadas com tempestades de areia. Estas verdadeiras tempestades são um bombardeamento de partículas que, na ausência de cuidado, entram pelo nariz e pela boca, envolvendo-nos numa nuvem densa que chega a impedir totalmente a visão. É brutal! Por algum motivo, os povos magrebinos usam o cheche ou tagelmust, que protege a cabeça e o rosto das implacáveis condições do deserto.

Encontrei-me no meio de uma terrível tempestade de areia na capital da Grande Jamahiriya Árabe Popular, nome oficialmente adotado durante o regime de Qaddafi. Ou teria sido já após a sua queda, influenciada pelas "primaveras árabes", quando os habitantes, ao verem um estrangeiro na rua, expressavam a sua alegria com gestos de “vitória”? Bem… o momento é irrelevante. 

Relevante é que as cidades do norte de África, banhadas pelos milhares de quilómetros do Mediterrâneo, são emolduradas por impressionantes paisagens naturais. Também abrigam inestimáveis riquezas arqueológicas e uma cultura ímpar. Por estas terras passaram fenícios, romanos, vândalos, bizantinos, árabes, turcos e berberes. Já no período em que as potências europeias se envolveram na “corrida para a África”, a região foi colonizada pelos franceses, ingleses e italianos.

A bacia do Mediterrâneo sempre foi um elemento de união, ligando culturas diversas através dos séculos, embora também tenha sido palco de conflitos.

Durante a ocupação romana, Trípoli emergiu como a cidade mais importante da África, tendo os imperadores deixado um legado construído, hoje classificado pela UNESCO. Entre os tesouros, destaca-se o teatro romano de Sabratha, situado a uma curta distância a oeste de Trípoli. Restaurado sob a coordenação de especialistas italianos, este teatro é um testemunho da grandiosidade que a Roma Antiga estabeleceu nesta parte do Mediterrâneo.

 

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Numa visita ao local, sob um céu cristalino e um sol radiante, presenciei um momento singular: uma das poucas pessoas presentes aproximou-se da boca de cena, ornada por colunas e frisos. Aproveitando a acústica impressionante do teatro, a sua voz ecoou forte e clara. As palavras que escolheu para preencher o silêncio antigo foram:

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.

 

A citação da “Mensagem” de Pessoa fala sobre a beleza e o mistério de explorar o desconhecido, sempre em busca de novos lugares. Traz um clima de aventura e demonstra respeito pela natureza e pelas diferentes culturas, funcionando como metáfora da procura incessante do conhecimento e da verdade.

 

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No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
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