Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
19
Ago24

Cotonetes

cotonetes.jpg

Modo de utilização: devem ser usados cuidadosamente apens para limpar a parte externa do ouvido.

 

A minha sensibilização ambiental emergiu no preciso momento em que me serviram cavala cozida com recheio de cotonete. No restaurante, enquanto digeria a surpresa, ali mesmo jurei que tinha de agir.

Cumpri: passei por casa, peguei nas dez embalagens de cotonetes de plástico que me tinham custado tuta e meia no Black Friday do Continente e, sem hesitar, fui depositá-las no ecoponto amarelo.

Felizmente, para melhorar a dieta dos peixes do mar, que confundem lixo com sushi, alguém inventou os cotonetes com bastão de cartão.

Os eucaliptos, testemunhas daquele meu primeiro passo, riem radiantes do alto da sua copa, com ela fazendo vénias aos fruidores do bom serviço que prestam à natureza.

 

08
Jul24

Território do Nada

1_Deserto.jpg

 

Well I am telling you there is hope. I have seen it. But it does not come from governments or corporations. It comes from the people.

Uma paisagem desértica desdobra-se, marcada por terreno irregular e montanhoso. A areia, em diversas tonalidades e texturas, forma pequenas dunas e cristas onde o vento soprou, quase apagando as pegadas – vestígios de um viajante recente ou talvez de um animal – que contrastam com a vastidão desabitada. A luz suave, provavelmente do fim de tarde, dá um tom dourado à cena, destacando a sua beleza serena e desolada.

Há seis mil anos, o Saara era uma área verdejante. Oscilações no eixo da Terra transformaram esta região num deserto – um processo natural, ao contrário da atual desertificação provocada pela atividade humana e pelas alterações climáticas. “Fogo que arde”, visível e notório, tempestades, inundação súbita dos “saudosos campos do Mondego”…

O território é como um papel de desenho. Lembro-me das palavras gaguejantes, mas certeiras, do meu mestre:

Olhai, senhores! Quando desenhamos... vede! Quando riscamos, o mais importante… aquilo que importa, senhores, é [definitivamente] não estragar a beleza de uma folha de papel em branco.

A aceleração das alterações climáticas tem impacto em todos os setores de atividade. Neste contexto, economistas e sábios de diversas áreas podem reduzir o papel do deserto a uma espécie de natureza morta. Paralelamente, o negacionismo ganha voz – uma recusa em enfrentar verdades desconfortáveis. “Os eunucos devoram-se a si mesmos.” O negacionismo nega-se a si próprio.

Enquanto isto, o vento e a areia compõem e recompõem a paisagem com as suas próprias lógicas e estéticas. São eles os elementos do deserto, os escultores de cenários e texturas.

 

Notas de citação:

“Well I am telling you there is hope” (Greta Thunberg).

“Fogo que arde sem se ver” e “saudosos campos do Mondego” (Luís de Camões).

“Os eunucos devoram-se a si mesmos” (José Afonso).

 

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D