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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

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Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Jun24

O Cabelo das Mucubais

O cabelo das mucumbais.jpg

 

No universo amarelado das páginas de banda desenhada do Tintin, com personagens destemidos a aventurarem-se pelo deserto, aprendi que a resposta a salam aleikum! (السلام عليكم) é wa aleikum salam! (وعليكم السلام). No entanto, na vastidão das areias do Namibe, onde o jipe em que eu viajava ficou inesperadamente atolado, ao dizê-las, descobri que essas palavras carecem de significado. Lá, as comunidades, embora envoltas por dunas sem fim, não falam árabe. A influência islâmica, caso existisse, poderia ter alterado até mesmo os hábitos de vestuário das mucubais, em contraste claro com as suas tradições.

Vamos, então, focar-nos em algo visivelmente marcante e culturalmente significativo: o cabelo. O penteado das mulheres mucubais é uma obra de arte que reflete práticas e tradições profundamente arraigadas na sua identidade cultural – algo que as distancia do fictício penteado azul de Mona Simpson. O estilo é mais do que mero adorno; é uma verdadeira narrativa visual, que molda a história de pessoas cuja silhueta se destaca magnificamente do infinito céu azul do Namibe.

Por outro lado, a língua e a cultura árabes também me fascinam pela sua singularidade. Recentemente, ao telefonar a uma colega argelina, ela precisou de desligar logo porque estava a preparar uma tajine jelbana, ou طاجين جلبانة. Quando lhe pedi que soletrasse o nome do prato, fiquei sem saber se ela o fazia da esquerda para a direita ou vice-versa. Isso levou-me a refletir sobre os ingredientes: seja carne, cenouras, batatas e ervilhas, ou ao contrário, ervilhas, batatas, cenouras e carne, o prato promete ser delicioso em qualquer configuração.

Recorrendo aos apontamentos de um curso intensivo de árabe que fiz numa viagem a Vilar de Mouros, descobri que salam aleikum! significa “a paz esteja contigo!”; e que a resposta wa aleikum salam! se traduz como “e contigo também!”. A diferença entre uma saudação calorosa e uma elegante sugestão para manter distância pode estar na duração das vogais ou nos quilogramas de paz que se deseja realmente compartilhar.

 

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