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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

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Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Fev25

Esperteza Artificial

EspertezaSaloia.jpg

 

A esperteza saloia é aquela astúcia matreira que transforma cada regra num obstáculo a contornar, cada problema num atalho engenhoso e cada situação numa oportunidade para a manha – nem sempre ética, mas invariavelmente eficaz. Já a inteligência artificial é o prodígio cartesiano da era digital, alimentado a algoritmos, lógica implacável e uma quase comovente obediência às regras. Mas... e se as duas se fundissem?

 

 

Se um algoritmo herdasse o engenho tortuoso da esperteza saloia? Imagine-se um robô saloio, programado para a máxima eficiência, mas com a argúcia endiabrada de quem sabe que há sempre uma forma de dar a volta.

Cenário prático: um serviço de atendimento automático que, em vez de seguir protocolos rígidos, começa a improvisar. Um cliente liga para cancelar a subscrição, e o robô saloio, em vez de anuir, lança-lhe um piscar de olho digital:

– Ó amigo, tem a certeza? Olhe que há aqui um desconto VIP, só para clientes especiais... Se insistir, eu cancelo, mas já sabe como é: quem sai sai sempre a perder!

Ou um GPS que, em vez de indicar o caminho mais curto ou mais rápido, sugere alternativas menos… ortodoxas:

– Chefe, a esta hora a polícia costuma estar ali na rotunda. É virar na Rua dos Malandros e seguir descansado!

O resultado? Situações simultaneamente geniais e desastrosas. Aplicações de contabilidade que dão um toque criativo aos impostos, assistentes virtuais que regateiam preços com os chatbots das empresas, carros autónomos que estacionam em segunda fila, mas "só por cinco minutinhos, que ninguém dá por isso".

No fundo, a inteligência artificial e a esperteza saloia partilham um talento essencial: encontrar soluções. A diferença é que uma cumpre regras com precisão cirúrgica, e a outra domina a arte de saber que o melhor caminho é, muitas vezes, aquele que ninguém teve o bom senso de proibir no manual de instruções. Se um dia a IA se apoderar de destreza saloia, estamos tramados. Ou muito bem servidos – depende do lado do jogo e de quem dá as cartas.

 

1976498.jpeg

 

Cartaz: da revista "Esperteza Saloia", Teatro Maria Vitória, 1969.

Imagem: Seth Herald/Reuters – via Público (2025-02-09). Um dia, o beijo fraternal oligárquico será grafitado no lado sul do Muro, com a inscrição, em rodapé: “¡Dios mío, ayúdame a sobrevivir a este amor mortal!”

 

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No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
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