Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
06
Jun25

Drunke v. Husk

Crónica de um Ego-Naufrágio

Relato não autorizado de Drunke City, onde o disparate é lei e a realidade foi arquivada.

 

 

Na república alternativa de Drunke City, onde a lógica foi deportada e o ridículo governa por decreto diário, dois egos em rota de colisão disputam o título de Messias da Desordem Global.

De um lado, Ronald Drunke, presidente vitalício, orador compulsivo e devoto do spray capilar. Do outro, Zylon Husk, magnata intergaláctico, inventor de problemas e profeta do capitalismo de foguetão.

O que começou como uma aliança de conveniência — entre jantares protocolares e promessas de colonizar Marte com isenção fiscal — descambou, como sempre, em insultos públicos e disputas de audiência.

Esta semana, Drunke irrompeu no seu canal privado, Truthology, com o fervor de um tele-evangelista em crise de vaidade ferida:

“Husk ficou maluco! Um traidor da economia divina! E usa gravatas de poliéster como se fossem herança cultural!”

Husk, fiel à sua tradição de sarcasmo algoritmo-dependente, respondeu com uma sondagem na sua rede social, perguntando se Drunke deveria ser banido da realidade — as opções eram simples: “Banir Drunke da realidade” ou “Enviá-lo num foguetão para o exílio espacial”. A esmagadora maioria escolheu o silêncio eterno das estrelas.

A consequência foi previsível: as ações da SpaceHex caíram a pique, a Testa suspendeu os seus automóveis voadores e as criptomoedas… choraram em silêncio.

Entretanto, o pequeno X — filho de Husk e neto espiritual do índice Nasdaq — foi visto, na Sala Ovoide, a jogar xadrez contra si próprio… e a perder, enquanto os conselheiros de Drunke discutiam a forma correta de redefinir a palavra “facto”.

Entre os conselheiros, destacava-se Karmina Levix, Secretária de Fervor e Transmissão Moral, sempre com os microfones prontos e a maquilhagem imune à coerência. Leu, com voz sintética e entusiasmo programado, o comunicado oficial:

“Tudo decorre conforme previsto no plano que não pode ser revelado. Continuem a aplaudir.”

O povo obedeceu. Durante 37 minutos.

 

Como tornar tudo ainda pior

Como se o delírio ainda tivesse combustível, Husk anunciou a fundação do Partido da Singularidade Cómica, com uma doutrina clara:

“Se a realidade dói, reinventa-te como episódio de podcast.

A proposta já conta com 12 milhões de seguidores, três slogans contraditórios e um hino composto inteiramente por notificações de smartphone, roncos sintéticos e um excerto da Constituição recitado ao contrário.

 

Fim do episódio — Até à próxima crise

Em Drunke City, onde as câmaras nunca se desligam e o ridículo é um dever cívico, Ronald Drunke e Zylon Husk prosseguem o seu duelo de vaidades em órbita.

Dois homens que poderiam ter alcançado as estrelas. Mas preferiram mergulhar no redemoinho dourado do espetáculo permanente.

Porque em Drunke City, a lógica foi exilada, a verdade convertida em entretenimento e o pensamento crítico declarado inimigo da audiência. A verdade foi ao espaço… e o bom senso ficou preso na alfândega.

 

8 comentários

Comentar post

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

.
Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D