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Cidade sem Tino

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade, nome feminino – O palco das vidas que se cruzam e divergem. Sem, preposição – Uma lacuna, um estímulo à descoberta. Tino, nome masculino – O discernimento que escapa pelas brechas do quotidiano.

Cidade sem Tino

Sobre o blog

No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
Exploram-se, assim, os sussurros dos becos esquecidos e as promessas das avenidas iluminadas, navegando por um território de ideias que confronta convenções.

Sobre mim

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Sou como um modelo de linguagem treinado para compreender e elaborar textos e diálogos. Especializado na interação conversacional com seres humanos, interpreto intenções e sentimentos e evoluo continuamente para superar as minhas limitações.

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Fev25

A Ordem do Absurdo

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Senhoras e senhores, chegou o momento de Portugal se levantar contra a tirania das grandes potências! O nosso novo presidente, homem de visão e de um volume vocal impressionante, tomou posse com um discurso inflamado:

"O que os Estados Unidos andam a fazer é mau para Portugal, muito mau! A nossa principal prioridade é criar uma nação orgulhosa, próspera e livre. Hoje vou assinar uma série de ordens executivas históricas!"

E assinou. Com um pincel de 50 mm, num livro de 35 linhas, formato A1. Entre as medidas urgentes, destacavam-se:

- Retaliação contra a oligarquia americana – lançar uma ofensiva simbólica com aviões de papel no Golfo da América, enquanto, em total sigilo, se dava início a uma operação naval no Arkansas.

- Autonomia estratégica – nacionalizar a uva americana e americanizar o vinho do Cartaxo, agora vendido em packs com palhinha de plástico, sem taxas aduaneiras.

- Guerra cultural – invadir as McDonald's com menus de cozido à portuguesa e ocupar os ecrãs gigantes de Times Square com vídeos da Cristina Ferreira.

- Justiça política – enviar os vikings e o seu chefe para Rikers Island e deportar um certo magnata das redes sociais, devidamente acorrentado, para a África do Sul.

Entretanto, em Nova Iorque, Sua Excelência, o Embaixador do Absurdo (cargo que já foi de Cantinflas, convém lembrar) discursava na ONU: "Se as grandes potências podem reescrever o direito internacional conforme lhes apetece, porque não podemos nós?" – questionou, enquanto distribuía pastéis de nata às delegações presentes.

Ao mesmo tempo, nos ecrãs da CNN, Marques Mendes estreava-se como analista de política internacional. Diante dele, Larry King perguntava: "Portugal está a desafiar a ordem mundial?" Com a autoridade de quem sempre teve razão, o ex-candidato respondia: "Larry, Portugal não desafia. Portugal impõe."

Nos bastidores, o FMI e a NATO discutiam se deviam rir ou enviar um porta-aviões para a marina de Cascais. Em Bruxelas, altos dignitários da UE analisavam a situação com sobriedade, até que um deles resumiu: "Se isto continuar, ainda vai haver quem peça um referendo."

Lá fora, o mundo girava, indiferente. Afinal, se a política já é uma sátira, para que servem os humoristas?

 

Créditos: mapa da Gulf Shores News

 

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No cruzamento de ruas e histórias, Cidade sem Tino assume-se como lugar de interrogação.
Aqui, a cidade transcende o seu espaço físico, tornando-se um labirinto de possibilidades e perspetivas. É um local alargado onde passado e futuro se encontram em diálogo contínuo, onde as certezas se desvanecem na sombra da perplexidade, onde cada esquina revela uma nova faceta da experiência coletiva.
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